quinta-feira, 13 de agosto de 2009

SIMBOLOGIA DO PROJECTO: SOPRO DA VIDA

PROJECTO: SOPRO DA VIDA – 2007 / 2008


Simbologia – Maternidade
Objectivo – Mostrar uma potencial vida com motes criativos.


É com prazer e ambição que dou a conhecer este meu projecto para o corrente ano.
É um projecto onde a simbologia "maternidade" é a raiz principal e a alma na vertente do imaginário.
A ideia concreta teve inicio quando me foi solicitado um projecto com um tema único em que me focasse, em termos artísticos para 2008, projecto este com o intuito de crescimento artístico ao nível técnico e visual e também ganhar um maior aperfeiçoamento como artista.
Este projecto tem a colaboração da Professora de artes plásticas Vera Bettencourt da Escola de Belas artes da Galeria Pedro Serrenho.

O PROJECTO
O Sabor…
Procuro o sabor das cores, mais um rabisco mais uma visão e num saltar é
chegada a hora da celebração, sons que vêm da alma que conseguem romper a barreira do invisível mas também do desejo das curvas do sabor e da loucura.
O Sopro…
As mãos, ainda à pouco estavam paradas, agora tremulam suavemente, o corpo como um sopro se curva e nesse instante se torna tão belo e raro. A voz que de por dentro esteve calada, timidamente ensaia uma canção de acordar, uma luz se envolve e se torna em brilho, esse é o momento da voz que emudece, do corpo que vive, das mãos que transpiram e é hora da melodia, melodia do nascer, da “criação”.
A Vida…
Bom dia diz o Pintor, a flor sorri e atinge cores inimagináveis o objectivo é mostrar uma vida em potencial com estes motes criativos, um sopro de vida fresco e natural, sensual, e atractivo rodear um jeito próprio feminino e tão simples da vida, nos efeitos sociais e culturais.
A mudança da imagem corporal; o desenvolvimento afectivo com o feto; e enfim, o ajuste dos pensamentos, hábitos e atitudes em função da gestação.
O Criativo…
Do Lado imaginário, fantasiar faz com que a nossa vida seja pautada de desejos, de vontades e de avanços, fantasiar e sonhar, leva-nos a patamares de vontades, de alegrias e emoções que depois precisam de ser ajustadas ou reajustadas ou até mesmo ultrapassar fronteiras criando esta visão materna com estes motes criativos a artísticos.
A Contemplação…
Boa Noite diz o Pintor e vem o silêncio, a meditação de um lado espiritual, o descanso da alma, ver com olhos de sentir com esse mesmo silêncio que se faz antes de entoar a canção de embalar a melodia do gosto a melodia do sabor a melodia do sopro da vida a contemplação da pintura.
O Final…
Com este tema foi criado um passo no sentido de dar uma maior influencia técnica tornando aos pilares do projecto a simbologia raiz do lado sonhador, tirando conclusões a quem observe a pintura.
Talvez seja por isso que a expressão em cada olhar de mãe, em cada gesto de doação da mulher se assume o lado carinhoso de uma mulher que assume a maternidade inteiramente, mesmo diante de tudo o que há-de vir, há a presença iluminada de um lado vivo, mas esquecido por todos, homens e mulheres: “O Amor por quem há-de de chegar…”

Um abraço.
Tó Luís

SOPRO DA VIDA I - POTES DE MEL - 70 x 60 - 2008 - 400.00€

Potes de Mel

Ouve-me! Diz o feto:
-porque me quer mostrar esse mundo?
Deixava-me estar de onde eu sou. Lugar:
“Onde se fuma ar d´uma liberdade tal nula
Sob o poder ainda mais alheio”;
E nas interferências cognitivas da mãe, riu-se:
Deu-me um pontapé!

Pedro Caetano / Poema
pedroak_19@hotmail.com

SOPRO DA VIDA II - NASCIMENTO DE UM ANJO - 70 x 100 - 2008 - 500.00€

Nascimento de um Anjo

Gravidez leva a carga da falta de purezaassociada a acção que ao dar á luz vai reflectir:respeito de ser mãe. a barriga que não emagrece, o humor que carece o longo período de habituação, fazem os laços que a vida se encarrega de não partirnão os laços de pena, são laços de admiração.o verdadeiro encontro dá-se na maternidade, com outros intervenientes...que fazem do simples facto da vida, uma realidade, um adeus, e olá diferente do que estamos habituados;é mais um sitio de passagem e que não esperamos voltar, é mais maternidade a nossa casaé mais quem nos cria, nosso pai e mãe.

Pedro Caetano / Poema
pedroak_19@hotmail.com

SOPRO DA VIDA III - CARROSSEL DA VIDA - 100 x 70 - 2008 - 500.00€

Carrossel da Vida

Fetos que por si só, atrapalham o crescimento dos pais
Revolução humana
Alma por construir, físico por constituir.
Coração que ao agredir não engana
Nasce! Rasga! Evolui!
Evolui a raça, berço que te acolhe
Quantos cordões Umbilical vais ter ?
Diz adeus a esse, quando vires a luz nascer
Quanto ao que ainda tens, na vida é sempre a perder.

Pedro Caetano / Poema
pedroak_19@hotmail.com

SOPRO DA VIDA IV - FOGO DA LIBERDADE - 90 x 90 - 2008 - 600.00€

Fogo da Liberdade

Aborto por desporto
O ciclo que nos convêm, sua alma sua gente
Nós, predestinados a morrer
Não evitaremos a mesma loucura, ao entardecer
Sua alma, Feto, maternidade do céu!
Feliz á sua maneira, feliz por ignorância
Feliz pela discrepância temporal
Arrogante pelo que se comporta
Vitoria para a liberdade, uma perca para a vida
Felizes o que vão, despreocupados os que continuam a sentir
Julgados pela mão da justiça morta
Justiça intelectual da mulher, seu prazer de ser feliz!

Pedro Caetano / Poema
pedroak_19@hotmail.com

SOPRO DA VIDA V - ROSA CARNE - 70 x 100 - 2008 - 500.00€

Rosa Carne

Perguntas-me o que é a vida.
Perguntas-me o que é essa barriga
Não a barriga que acolhes, a resposta que te convêm
A resposta tarda 9 meses
A verdade em forma de gente
O palpável, o cheiro, o sabor de nova gente
O sopro da vida…
- Não é só gente! É tudo salvo erro
É o projecto sem nada á sua volta;
Só ele existe, só ele é!
só nele se encontra a verdade, a dor
essa gente que tudo é e tudo jura
E nesta sociedade o que sou?
Vento…sou Rosa?

Pedro Caetano / Poema
pedroak_19@hotmail.com

SOPRO DA VIDA VI - GÉMEOS - 70 x 100 - 2008 - 500.00€

Gémeos

O alivio duplo, dum ventre mais que carregado
De fora, a cumplicidade que os sustém - NASCER
A continuidade dupla, que cada um carrega
Antes carregada pela sua mãe,
Ao mesmo tempo o que os distingue
A sociedade tem o seu papel, molda-os
Dá-lhes vida, com a sua justiça, com a sua mãe
Natureza, oh natureza de sangue
O abraço que eles não dão, os complementa
A sincronização! a brevidade das lutas, inveja;
Vale o esforço de proteger o mesmo nome
Vale o esforço do protótipo copiado
Vale a escassez da pobreza
Dar a um, mas há outro problema ao lado
A implorar calado, a igualdade como direito
Chora pela mãe, a quem ela só a um tem respeito.
Gémeos por defeito, Gémeos por milagre;

Pedro Caetano / Poema
pedroak_19@hotmail.com